Segundo especialistas, cerca de 25% do risco de dores nas costas estão diretamente relacionados a erros de postura, incluindo aí o hábito de carregar pesadas mochilas. Em 1998, o problema mereceu a atenção de professores da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc). Uma pesquisa realizada pelos docentes no Colégio Estadual Henrique Veras, em Florianópolis mostrou que 100% das meninas entre 7 e 8 anos tinham problemas de desnivelamento dos ombros, que atingiu 50% das meninas de 9 anos.
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Além de aliviar o peso com a retirada de material desnecessário, outros detalhes devem ser observados na hora de comprar as mochilas. Prefira as de alças mais largas e acolchoadas e de preferência as que possuem a alça abdominal. O tamanho da mochila deve ser do mesmo tamanho das costas da criança.
Na hora de arrumar os cadernos e livros dentro dela, distribua o peso de forma que os itens mais pesados estejam no fundo e próximos ao corpo. E atenção, use-a da maneira correta: com as duas alças, distribuindo o peso nas costas e nunca de um lado só do ombro, como muitos jovens usam, e bem rente ao corpo.
Os modelos com rodinhas são indicados, mais fique atento ao tamanho da alça do carrinho. Ela não pode ser mais baixa ou muito mais alta do que a altura do braço estendido e o ideal é que o estudante alterne o lado de puxá-la a cada 10 minutos para não fazer um esforço unilateral, o que pode ocasionar problemas lombares.
É recomendado que os alunos carreguem na mochila o equivalente a no máximo 10% de sua massa.
Assim, um aluno de 48 kg deve carregar no máximo 4,8 kg na mochila.